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Saúde

Grávidas precisam redobrar cuidados para evitar a dengue

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No período de chuvas constantes e intensas, o inverno amazônico, na região Norte, os cuidados com as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti precisam ser intensificados, especialmente no caso da dengue. Mulheres grávidas devem redobrar os cuidados, considerando que estão em um grupo de risco elevado. Durante a gestação, os riscos aumentam, podendo acarretar complicações sérias, tanto para as mães quanto para os bebês.

Na gravidez, a gestante compartilha seu sistema imunológico com o bebê, por isso fica mais suscetível a infecções, podendo evoluir para quadros graves. Segundo a médica obstetra do Hospital Geral de Tailândia (HGT), Fernanda Batista, dengue na gravidez é assunto sério. Durante os três primeiros meses de gestação pode ocorrer ameaça de abortamento. Já nos meses finais, em quadros mais graves da doença, pode ocorrer hipertensão gestacional e até descolamento prematuro da placenta.

“A dengue já é uma doença grave, na gestação ela se torna mais grave ainda, porque o risco de complicações para uma mulher gestante com dengue aumenta em pelo menos três vezes, por isso é muito importante nos primeiros sinais de alteração a pessoa busque ajuda médica para fechar o diagnóstico e realizar o acompanhamento. Nas primeiras 48 horas, a gestante com dengue pode apresentar febre alta, que rapidamente pode causar uma desidratação”, alertou a médica.

A especialista também reforça que toda mulher grávida, independentemente de qualquer sintoma, deve realizar o pré-natal para garantir uma gestação saudável. Além disso, algumas precauções podem evitar o mosquito, como a utilização de telas em janelas e portas, uso de roupas compridas e aplicação de repelente, sem contraindicação para as gestantes, regularmente.

“Toda a população deve atuar na prevenção de possíveis criadouros do Aedes aegypti em suas residências, escolas e ambientes de trabalho. Percebeu que tem algo de errado, procure uma unidade de saúde para iniciar os cuidados necessários para essa gestação”, finalizou Fernanda Batista.

Principais sintomas da dengue na gravidez

No geral, os sintomas se assemelham, mas as grávidas devem manter o alerta em casos de:

  • Febre de média a alta;
  • Manchas avermelhadas na pele;
  • Dor muscular e abdominal;
  • Dores articulares, principalmente nas mãos e pés;
  • Dor de cabeça, especialmente atrás dos olhos;
  • Irritação nos olhos (conjuntivite leve);
  • Diarreia, e
  • Pequenas feridas na boca.

Josilane Sousa, 30 anos, está com 26 semanas de gestação da primeira filha. Ela esteve no HGT para fazer ultrassonografia e garantir que tudo está bem com a gravidez. “Lá em casa nós temos muito cuidado com água parada, mesmo antes de eu estar gestante. É uma precaução que sempre adotamos para evitar qualquer risco de doenças transmitidas pelo mosquito. Também faço a utilização de repelente contra insetos, garantindo mais proteção para mim e para a minha bebê”, ressaltou a usuária.

O Hospital Geral de Tailândia possui 51 leitos e mantém uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) com nove leitos, sendo seis adultos e três pediátricos. Os usuários que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso aos serviços oferecidos pelo HGT por meio da Central de Regulação Municipal, e aos de urgência e emergência em livre demanda ou encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária.

Serviço

O HGT é uma unidade de saúde do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e fica na Avenida Florianópolis, s/n, Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752-31210.

Saúde

HPV está associado ao desenvolvimento e progressão de vários tipos de câncer

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A cada ano surgem 700 mil casos novos de infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) no Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde. O vírus apresenta mais de 100 subtipos, os considerados oncogênicos têm maior risco de provocar infecções persistentes e desenvolver lesões que, se não tratadas, podem causar cânceres de colo de útero, ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, alertam pesquisadores do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, referência em Oncologia na região Norte.

Associada a mais de 90% dos casos de verrugas genitais, câncer de colo do útero e de ânus, a infecção por HPV é transmitida por via sexual, quando não há medidas de proteção. Apesar das orientações sobre o uso de preservativos em todas as relações sexuais e da oferta da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, e também para pessoas com baixa imunidade, a infecção atinge muitas pessoas.

Segundo os especialistas, a baixa adesão às campanhas de vacinação no Brasil está atrelada à desinformação gerada por grupos antivacinas e o mito de que a imunização estimula o início precoce da vida sexual.

Membro do Laboratório de Pesquisa Clínica do HOL, o professor Diego Alcântara esclarece que o vírus infecta qualquer pessoa, seja por contato oral-genital, genital-genital ou até mesmo manual-genital, podendo ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.

Contágio

De acordo com o especialista, muitas vezes um homem infectado, mas assintomático, mantém relação sexual com uma mulher sem uso de preservativo e acaba transmitindo o vírus. “É dentro da anatomia feminina que o Papilomavírus tem uma maior capacidade de se proliferar e originar as lesões características da infecção. A vacinação não somente previne, mas também reduz a reincidência, principalmente dos cânceres de colo de útero na mulher, de pênis no homem e do canal anal, onde o vírus demonstra se proliferar mais”, destaca Diego Alcântara.

As campanhas e as demais estratégias de rastreio auxiliam na detecção de lesões de alto risco cancerígeno, possibilitando o tratamento. O diagnóstico precoce reduz as taxas de mortalidade e aumenta, consideravelmente, a taxa de sobrevida. Em mulheres, as lesões precursoras são detectadas por meio do exame citológico, conhecido como Papanicolau.

A transmissão do vírus ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectadas. “O HPV infecta a mucosa e secreta proteínas que passam por dentro do DNA da célula e ativam uma proteína chamada ‘P16’. Essa proteína dá início a uma série de alterações que facilitam a infecção do hospedeiro, mas é a inflamação persistente que promove ou potencializa as chances do surgimento de um câncer”, informa Rommel Burbano, coordenador do Laboratório de Biologia Molecular do HOL.

Os subtipos são classificados com base no potencial de risco para o desenvolvimento da neoplasia maligna, e estão divididos em HPV de baixo risco e HPV de alto risco. O primeiro grupo inclui o HPV6 e HPV11, que geralmente não se encontram associados à etiologia de cânceres, mas estão presentes em lesões benignas de pele ou mucosas, como verrugas. Nas mulheres, essas lesões estão comumente presentes na vulva, vagina, colo do útero e canal anal. Entre os homens, são visualizadas no pênis, bolsa escrotal e ânus.

O segundo grupo é composto HPV16 e HPV18, responsáveis pela maioria dos casos de câncer por HPV. Causam lesões pré-cancerosas que evoluem para tumores malignos. São subtipos altamente associados à carcinogênese.

Prevalência acima da média – O Hospital Ophir Loyola atua no ensino e na pesquisa dos casos tratados na instituição. Ao longo dos anos, pesquisadores concluíram que a prevalência do HPV nos tipos de câncer mais comumente associados ao vírus no Pará está acima da média da população mundial, e até mesmo acima da média brasileira.

“O câncer de colo de útero, por exemplo, apresenta uma média de prevalência de 13.4% no Estado, 6% no País e 3,1% no mundo. Para a neoplasia maligna de pênis, a média é de 1,1% no Estado, 0,2% no País e 0.2% no mundo. E referente à média de câncer de ânus provocado pelo vírus, é de 1,2% no Estado, 0,3% no País e 0,3% no mundo”, informa Diego Alcântara.

Potencial da vacina

Em 2017, uma investigação realizada com pacientes de câncer cervical tratados no HOL, e em outra instituição no Rio de Janeiro (RJ), atestou que a vacina HPV4, adotada desde 2014 pelo Sistema de Saúde, pode potencialmente reduzir cerca de 70% da incidência de câncer cervical. A implementação da nova vacina HPV9 tem o potencial de aumentar em 85% o impacto de imunização, ajudando a reduzir a incidência do câncer cervical.

Um estudo feito em 2018 sobre carcinoma anal demonstrou que indivíduos com infecção por HPV apresentaram ausência de tumores residuais após quimiorradioterapia. “Essa correlação é valiosa e pode direcionar futuras abordagens terapêuticas no canal anal. Outra análise, publicada em uma revista internacional de pesquisa oncológica em 2020, demonstrou que a presença do HPV em pacientes com carcinoma oral é um fator que diminui a agressividade do tumor”, ressalta o professor Diego Alcântara.

Em relação ao câncer de pênis na região, a infecção por HPV é encontrada em 60% dos casos. Entretanto, essa taxa não demonstrou associação com o pior prognóstico.

Sorologia

Em vista de todos os resultados relevantes na população paraense, o HOL passará a oferecer o exame de sorologia do HPV ainda este ano. “O intuito é identificar precocemente os indivíduos de alto risco oncogênico, evitando o aparecimento de lesões pré-malignas e, com isso, contribuir para a redução dos casos de câncer etiologicamente ligados à essa infecção”, adianta Rommel Burbano.

Caso seja detectado no paciente câncer causado pelo vírus, é possível definir o tratamento mais adequado. Isso ocorre porque o vírus é sensível à quimioterapia e à radioterapia. “Nesse caso, os pacientes não precisam passar por um tratamento cirúrgico invasivo. As chances de os casos de tumores de pênis, cabeça e pescoço e canal anal estarem associados ao HPV é acima de 70%. São informações que podem mudar o tratamento e gerar uma economia para a saúde pública”, conclui o coordenador Rommel Burbano.

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Saúde

Capitais do Norte do Brasil têm piores indicadores de Gravidez Precoce

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O mais recente levantamento do Mapa da Desigualdade trouxe à luz uma preocupante realidade: a incidência de gravidez precoce atingiu níveis alarmantes em várias capitais brasileiras. Com base em dados de natalidade obtidos do DataSUS, sistema do Ministério da Saúde, o estudo revelou que a situação é especialmente crítica em algumas regiões do país.

Em 2021, Macapá, a capital do Amapá, despontou como o epicentro dessa problemática, registrando um cenário preocupante onde 18% das crianças nascidas tinham mães com 19 anos ou menos. Esse índice é significativamente superior à média nacional e lança luz sobre uma realidade que exige ações imediatas.

Contudo, a situação não é exclusiva de Macapá. Outras capitais da região Norte também enfrentam desafios semelhantes, como Boa Vista (17,6%), Rio Branco (16%), Manaus (16%) e Porto Velho (15,1%). Esses números refletem uma tendência alarmante que demanda uma resposta coordenada e eficaz por parte das autoridades e da sociedade em geral.

Capitais do Nordeste também não escaparam dessa realidade preocupante. Maceió (15,8%), São Luís (12,4%) e Recife (12%) estão entre as cidades que apresentaram índices elevados de gravidez precoce. Essa situação ressalta a necessidade premente de políticas públicas direcionadas à educação sexual e saúde reprodutiva nessas regiões.

Por outro lado, os estados que apresentaram as menores taxas estão localizados predominantemente no Sul e Sudeste brasileiros. Florianópolis (5,6%), Curitiba (6,6%), Belo Horizonte (7%), Porto Alegre (7,9%) e São Paulo (8,5%) destacam-se por seus esforços em mitigar o problema da gravidez precoce.

Diante desse panorama, é crucial que se intensifiquem os esforços para combater essa realidade preocupante. Investimentos em educação sexual, acesso à contracepção e apoio às jovens mães são medidas essenciais para reverter esse quadro e garantir um futuro mais promissor para as gerações futuras. A conscientização e o engajamento de toda a sociedade são fundamentais nesse processo de transformação social.

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Saúde

Belém tem pior taxa de desnutrição infantil das capitais brasileiras, segundo levantamento

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Um recente estudo conduzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis lançou luz sobre uma preocupante realidade: a cidade de Salvador, na Bahia, lidera o ranking nacional de desnutrição infantil entre todas as capitais brasileiras. Segundo o levantamento, para cada 100 crianças menores de 5 anos residentes na cidade em 2021, quatro estavam desnutridas, conforme dados extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), vinculado ao Ministério da Saúde.

O relatório, intitulado “Mapa da Desigualdade Entre as Capitais”, revelou que, em seguida a Salvador, encontra-se Belém, capital do Pará, com um índice de 2,19 crianças desnutridas a cada 100 habitantes nessa faixa etária. O Rio de Janeiro (2,01%), Cuiabá (1,7%) e Curitiba (1,69%) completam as cinco capitais mais impactadas por esse grave problema de saúde pública.

Em contrapartida, cidades como Teresina (0,44%), Fortaleza (0,45%), Boa Vista (0,52%) e Aracaju (0,6%) apresentaram os menores índices de desnutrição infantil entre as capitais brasileiras, conforme destacado no relatório divulgado nesta terça-feira (26).

Igor Pantoja, coordenador de relações institucionais do Instituto Cidades Sustentáveis, ressaltou a importância desses dados, afirmando que eles refletem não apenas a situação da desnutrição, mas também questões relacionadas ao acesso à renda, emprego e saúde. “Esse dado tem grandes relações com outras questões que o mapa traz, como acesso a renda, emprego e questões de saúde”, afirmou Pantoja.

Segundo o coordenador, o objetivo do estudo é fornecer informações para comparações entre os indicadores registrados nas capitais brasileiras, evidenciando diferenças significativas e destacando práticas que possam servir de exemplo para o avanço nessa área.

Pantoja também destacou a relação entre os níveis de desnutrição infantil e fatores como pobreza e desocupação, enfatizando que a falta de renda e emprego aumenta a probabilidade de falta de acesso adequado a alimentos.

Para a nutricionista Laís Amaral, coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), o acesso físico e financeiro da população a alimentos de qualidade desempenha um papel fundamental na luta contra a desnutrição infantil. Ela ressalta a importância de políticas que garantam o acesso a alimentos in natura ou minimamente processados, enquanto alerta para os perigos dos produtos ultraprocessados.

Amaral também elogiou políticas recentes do Governo Federal, como a definição de que a cesta básica será composta apenas por alimentos in natura ou minimamente processados, e a publicação de orientações para alimentação saudável nas escolas públicas do país.

“Muitas crianças dependem da escola para se alimentar. Às vezes, dentro de casa, a criança não tem acesso a alimentação de qualidade ou em quantidade suficiente, mas tem essa garantia na escola pública”, acrescentou Amaral.

Diante desses dados alarmantes, medidas urgentes se fazem necessárias para combater a desnutrição infantil e garantir um futuro mais saudável e sustentável para as crianças brasileiras.

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