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Reavivados por Sua Palavra

Comentário bíblico – Lamentações 3

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O primeiro sentimento negativo experimentado pelo casal edênico, pelo menos aquele que ficou mais evidente após o pecado, foi o medo. Vestidos em roupas descartáveis e camufladas, Adão e sua mulher escutaram a voz de Deus, pela primeira vez, sob a ótica do mal. Até então, em cada entardecer, a chegada do Criador em Seu mundo recém-criado era um momento de grande alegria e expectativa. O pecado, porém, despertou no homem a percepção da separação de Deus causada pela queda. Foi ali, entre as maravilhas do Éden, que nossos primeiros pais começaram a experimentar os resultados da desobediência e, no chamado da misericórdia, “Onde estás?” (Gn.3:9), a maravilhosa graça de um Deus que desceu para cobrir nossa nudez com vestes de justiça (Gn.3:21).

Jeremias e todo o Judá sentiram na pele as consequências advindas da desobediência. O profeta tornou-se um recado vivo para o povo e seu sofrimento aumentava à medida em que os juízos eram derramados. Mas foi ao trazer à memória o que lhe dava esperança, que o profeta declarou: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nEle” (v.24). As misericórdias de Deus “renovam-se cada manhã” (v.23) independente de nós mesmos. Eu penso que não estamos distantes da realidade de Jeremias, das aflições que nos abatem o espírito, mas o Senhor “não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (v.33). Não se trata apenas de disciplina ou de castigo, mas há motivos de aperfeiçoamento de caráter envolvidos em cada provação e em cada momento de aflição.

Nossas queixas não devem nos fazer apontar na direção alheia, mas ser direcionadas para uma transformação pessoal: “Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor” (v.39-40). Que dias difíceis estamos vivendo, amados! Mas é tempo de ficarmos nos queixando uns dos outros e questionando a Deus? Não! É tempo de lembrarmos do grande sacrifício feito pelo nosso Redentor, de tudo o que Ele suportou e da morte ignominiosa que enfrentou por mim e por você. É tempo de aguardarmos “a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (v.26). É tempo de usarmos a nossa voz e a nossa vida somente para orar e indicar aos nossos semelhantes Aquele que é o caminho, a verdade e a vida (Jo.14:6).

Enquanto estamos aqui, os nossos “olhos choram, não cessam, e não há descanso, até que o Senhor atenda e veja do Céu” (v.49-50). O Espírito Santo, porém, está amadurecendo o Seu povo, e ainda que em meio aos açoites de um mundo em decadência, Ele nos diz: “Não temas” (v.57). Ao vermos todas as coisas se cumprindo como nos advertiu o nosso bom Salvador, como Jó em seu terrível sofrimento, saiam de nossos lábios e de nosso coração as palavras da bendita esperança: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, os meus olhos O verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19:25-27).

Ainda que humilhados e perseguidos, como objetos de acusações e escárnios, façamos como Jeremias: confiemos tudo ao Senhor em oração, porque “Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que O busca” (v.25). Então, naquele grande Dia, não nos esconderemos dEle, mas, revestidos das vestes da justiça de Cristo, contemplaremos a Sua linda face e viveremos para sempre com o Senhor. Aleluia! “Vem, Senhor Jesus!” (Ap.22:20).

Senhor, Tu és a nossa porção! Ajuda-nos a termos sempre esta verdade em nosso coração e sermos guiados por Teu Espírito. Dá-nos o domínio próprio e a mansidão de Cristo, para não respondermos afronta com afronta, mas aguardarmos “a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (v.26). Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

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Reavivados por Sua Palavra

Comentário bíblico – Jeremias 44

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Por Rosana Barros

Refugiados no Egito, os restantes de Judá foram governados novamente pela regência de seus corações malignos. Começando de madrugada, o Senhor continuava enviando os Seus servos, os profetas, para adverti-los quanto ao caminho tortuoso pelo qual estavam seguindo (v.4). Continuamente, porém, faziam mal a si mesmos (v.7) e prosseguiam irritando ao Senhor com as obras de suas mãos (v.8). Não houve arrependimento, nem tampouco conversão, e ali, diante de Jeremias, estava “grande multidão” (v.15) decidida a seguir “toda a palavra que” lhes saía da própria boca (v.17).

Contrariando o “assim diz o Senhor”, o povo deu as costas a “toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt.4:4) para seguir as palavras que lhes traria a própria condenação (Mt.12:37). Desviaram os olhos do Rei dos reis para se inclinar perante a “Rainha dos céus” (v.18) e a esta atribuir a prosperidade de tempos passados. O pecado da idolatria era uma constante no meio de Israel, e a ida ao Egito só aflorou esta prática. Mediante a rebeldia, o castigo era inevitável e, ao cumprir-se “o sinal” (v.30) predito pelo Senhor, o povo colheria o fruto de suas más ações.

As palavras divinas são palavras de salvação. Delas provém livramento e vida; e obedecê-las é sinal de sabedoria e fidelidade. “Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos Teus testemunhos” (Sl.119:99). Mas aqueles que as ouvem e não as praticam recebem o mal que buscam, ainda que a intenção não fosse recebê-lo. As consequências surgem não porque Deus as impôs, mas “porque o salário do pecado é a morte” (Rm.6:23). E, dando as costas ao Senhor, vem o inimigo das almas e assume as rédeas da situação, fazendo o que ele sabe fazer: “roubar, matar e destruir” (Jo.10:10).

Desde o princípio até hoje, as palavras do Senhor ecoam nos quatro cantos da Terra e, assim como muitos se escandalizaram com a afirmação de Jesus: “Eu sou o Pão da Vida” (Jo.6:48), milhares têm se escandalizado com as verdades das Escrituras, já que obedecê-las requer a renúncia do próprio eu. As palavras ditas por Cristo com tanto amor à mulher adúltera, são as mesmas que Ele repete a cada dia, a cada pecador que se arrepende: “Nem Eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo.8:11). Estas foram palavras cheias de amor proferidas pelo nosso Salvador! Não se trata apenas de perdão e de palavras de ordem, mas da essência de Seu sacrifício: salvar o pecador.

Jesus entregou a Sua vida para que não sejamos condenados e a única coisa que Ele nos pede é que nos afastemos do que O pendurou naquela cruz. Tudo o que Ele nos pede é o nosso enganoso coração para que então, transformados pelo Espírito Santo, possamos nos agradar dos Seus caminhos, das Suas palavras (Pv.23:26) e, então, obedecermos à voz do Senhor, assim como Ele, por amor, obedeceu aos mandamentos de Seu Pai e em Seu amor permaneceu (Jo.15:10).

Escolha, hoje, fazer parte dos que hão de herdar a salvação: “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap.14:12). Como o salmista, seja esta a sincera declaração de nosso coração ao Senhor: “Quanto amo a Tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Sl.119:97).

Pai amado, a Tua lei é perfeita e restaura a alma! Colocamos em Tuas mãos o nosso coração para que nos agrademos de Teus caminhos e sejamos guiados segundo os Teus propósitos. Batiza-nos com Teu Espírito e ilumina a nossa jornada, de forma que sigamos nas pegadas de Jesus, tendo alegria em fazer a Tua vontade. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, remanescente fiel!

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Reavivados por Sua Palavra

Comentário bíblico – Jeremias 43

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Por Rosana Barros

O argumento utilizado pelos líderes do restante de Judá é que Jeremias profetizou uma mentira. Quando, na verdade, eles só queriam que Jeremias profetizasse o que eles já estavam decididos a fazer. A soberba fez com que colocassem a vontade deles acima da vontade de Deus e, diante das pedras encaixadas, veriam os resultados de sua tola decisão.

Em toda a história da humanidade, o homem tem revelado a sua inquietação pela verdade. Ninguém gosta de ser enganado. Porém, diante de uma inconstante relação entre busca e desejo próprio, surge um termo neutro: relativismo. Ou seja, o que você acredita ser verdade não pode ser absoluto se o que é verdade para mim é diferente. Embasados nesta teoria, muitos têm professado crer em Deus, mas não em toda a Bíblia. Como “os homens soberbos”, invocam a Deus como “o Senhor, nosso Deus” (v.2), mas não estão dispostos a aceitar toda a Sua vontade. Alegam que Jesus veio e cancelou a aliança do Pai, quando Ele foi o maior exemplo de submissão ao concerto divino. Ele foi “obediente até à morte e morte de cruz” (Fp.2:8).

A verdade é que a nossa natureza pecaminosa nos afasta de tudo o que provém de Deus, e, quando não permitimos que o Espírito Santo nos conduza, somos guiados pelos impulsos e desejos da carne, permitindo que o amor ao mundo ocupe o lugar que deveria pertencer a Deus. “Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1Jo.2:15-16).

A verdade das Sagradas Escrituras está à sua disposição se você está disposto a, com humildade, aceitá-la e praticá-la. Lembre-se do que o próprio Jesus nos advertiu: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus” (Mt.7:21). Não basta apenas dizer que crê em Deus. Acreditar que beber de 2 a 3 litros de água por dia é o ideal para se ter uma boa saúde não vai me trazer benefícios até que eu pratique esta verdade. Entendem, amados?

Jesus afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo.14:6). Quer conhecer a verdade? Conheça a pessoa de Jesus Cristo! Ele mesmo nos mostrou a fonte: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo.5:39). Toda a Bíblia aponta para Cristo. Toda! O profeta Jeremias foi um instrumento de Deus para preservar o povo do qual descenderia o Messias. E suas palavras continuam nos falando para que o povo de Deus dos últimos dias seja preservado para o segundo advento de Cristo.

Não permita que a soberba ou qualquer outro sentimento maligno se apodere de seu coração, mas que, semelhante a Jeremias, você escolha obedecer à voz do Senhor e declará-la, ainda que perseguido e humilhado. “Bem-aventurados sois quando, por Minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt.5:11-12).

Deus Eterno e Bendito, nós Te louvamos por Tua Palavra, o nosso mapa da verdade! Te louvamos por ter-nos enviado Teu Filho amado, que, por Seu exemplo, nos ensinou a como viver em amor, ainda que maltratados e perseguidos! Dá-nos força e coragem para perseverar proclamando a Tua verdade! Dá-nos os olhos de Jesus, para prosseguirmos amando nossos irmãos, mesmo aqueles que deliberadamente rejeitam a Tua vontade! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, povo do advento!

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