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Política

Em visita ao Pará, Lula e Macron firmam acordo de R$5 bilhões para a bioeconomia

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Foto: Marco Santos/Ag. Pará

Reunidos em Belém nesta terça-feira (26), os presidentes da França, Emmanuel Macron, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram um anúncio de grande impacto para a região amazônica. Em uma parceria histórica, foi revelado um plano de investimentos em bioeconomia, visando o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

O plano, que prevê um montante significativo de 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,3 bilhões) em recursos públicos e privados ao longo dos próximos quatro anos, destinará investimentos tanto para a floresta amazônica em território brasileiro quanto para a região da Guiana Francesa.

Uma das principais iniciativas é a colaboração entre bancos públicos brasileiros, como o Banco da Amazônia e o BNDES, e a Agência Francesa de Desenvolvimento. Além disso, está prevista uma cooperação científica por meio da criação de um centro de pesquisa e investimento em tecnologias, operado pela Embrapa e pelo Cirad, centro de pesquisa francês para a agricultura.

Os presidentes também anunciaram uma coalizão para garantir que os mercados de créditos de carbono sigam padrões elevados, combatendo práticas como o “greenwashing” e estabelecendo um mercado internacional regulado.

A visita de Macron à América Latina marca um marco histórico, sendo esta sua primeira visita à região. Em Belém, Macron encontrou-se com Lula na Estação das Docas, um ponto turístico famoso da cidade, onde discutiram os detalhes do plano de investimentos.

Durante a estadia na capital paraense, Macron e Lula visitaram a ilha do Combu, conhecendo uma fábrica de chocolates sustentáveis. Um momento significativo ocorreu durante essa visita, quando Macron concedeu o título de cavaleiro da Legião de Honra da França ao cacique Raoni Metuktire, em reconhecimento à sua luta pela preservação ambiental e pelos direitos dos povos indígenas.

A comitiva presidencial incluiu as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, além do governador do Pará, Helder Barbalho.

Entretanto, a visita não ocorreu sem incidentes. Durante o trajeto pelo rio, a embarcação que transportava os presidentes foi alvo de um protesto do Greenpeace Brasil. A organização ambiental pendurou uma faixa com os dizeres “Petróleo na Amazônia não” em um veleiro de pesquisa, ressaltando a preocupação com a exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas.

A pesquisa realizada pelo Greenpeace ao longo da costa do Pará e do Amapá revelou o potencial impacto de vazamentos de petróleo não apenas na região, mas também em países vizinhos, como a Guiana Francesa e o Suriname.

A visita de Macron envolveu um esquema de segurança reforçado, coordenado pela Marinha, especialmente considerando o estado de alerta máximo na França após um recente atentado terrorista.

O objetivo da visita, segundo o governo francês, é promover discussões sobre proteção da biodiversidade, transição ecológica e descarbonização das economias. Com o Brasil sediando importantes eventos internacionais nos próximos anos, como a cúpula do G20 e a COP30, a parceria entre os dois países ganha ainda mais relevância.

Após a passagem por Belém, Lula e Macron seguirão para outras cidades brasileiras, encerrando a programação oficial da visita na quinta-feira (28) em Brasília, com a assinatura de acordos e eventos protocolares.

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Geraldo Alckmin é diagnosticado com covid-19

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi diagnosticado com covid-19.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa dele. Em razão do quadro, Alckmin não cumpre agenda nesta segunda-feira (1º).

“O vice-presidente tem sintomas leves e passa bem. Ele permanecerá em casa, para uma pronta recuperação, de acordo com recomendação médica”, destacou a assessoria em comunicado divulgado à imprensa na noite deste domingo (31).

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Política

Senador critica visita de Macron e pressões ambientais da França

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Foto: Agência Senado

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) destacou, em pronunciamento na terça-feira (26), a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Brasil. Macron esteve em Belém na terça e também tem agenda em São Paulo e Brasília. O parlamentar criticou as “pressões ambientais impostas pela França ao Brasil” e questionou o que o país europeu tem feito para contribuir com as ações urgentes de combate às mudanças climáticas.

— Atualmente, a área de preservação na França é de 4%, mas a União Europeia, através de seu Parlamento, tem proposto regras para que o setor agrícola aumente esse percentual para 7%, e é justamente esse pequeno aumento que tem provocado a ira dos produtores franceses. Por causa da ira de produtores rurais da França, esse mesmo país que exige o compromisso do Brasil em manter uma política mais rígida contra o desmatamento é o país que anunciou o adiamento da expansão da sua área de preservação para 2025. É lamentável. Os fenômenos climáticos estão cada vez mais presentes e as ações contra a mudança global do clima são urgentes.

Zequinha pontuou que, na Amazônia brasileira, é obrigatório preservar 80% da área da propriedade. O senador destacou projeto de sua autoria que cria a lei da reciprocidade ambiental (PL 2.088/2023), tornando obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil, para os produtos que forem importados pelo nosso país.

— Faço mais uma sugestão ao presidente da França: que tal estabelecermos uma taxa na importação de produtos franceses, para que a manutenção das florestas pudesse acontecer no Brasil? Por que sugerir isso? Porque os milhões ou bilhões de dólares que se prometem a cada COP [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas] que acontece nunca chegaram por aqui. Ninguém viu, ninguém vê. Se a França tem dificuldades para aumentar sua área de preservação ambiental, seria justo, então, que as bolsas que as madames usam, os carros Citroën, Peugeot, Renault e outros produtos made in France pagassem uma taxa para que as nossas florestas brasileiras continuem filtrando a poluição produzida pelo mundo, em especial pela França, que não quer contribuir nem com 7% de suas áreas para a preservação ambiental.

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Política

Deputado estadual critica visita de Macron a Belém: ‘hipocrisia em pessoa’

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Nesta quinta-feira (28), o deputado estadual Rogério Barra (PL), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Pará, disparou críticas contundentes contra a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, a Belém. Barra classificou a presença de Macron na região como um “jogo de cena hipócrita”, questionando as verdadeiras intenções por trás da visita.

“O Macron é a hipocrisia em pessoa. Ele aparece aqui na Amazônia pagando de defensor do meio ambiente, coloca a medalha no peito de um índio, mas lá na Europa legalizaram para poder produzir 100%, ou seja, preservação zero!”, declarou o deputado, enfatizando a aparente contradição entre o discurso ambientalista de Macron e as políticas adotadas em seu próprio país.

Além disso, Barra acusou o presidente francês de ser um “defensor fake da pauta ambiental”, sugerindo que suas ações são motivadas por interesses comerciais em conflito com os interesses brasileiros.

“Existe uma guerra comercial que está muito posta: o Brasil consegue vender produtos do Agro em um preço muito mais competitivo que está tomando espaço de outros países lá da Europa e, principalmente, da França. Tanto isso é verdade que o Macron luta contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia”, afirmou o deputado, apontando para possíveis motivações econômicas por trás das posturas de Macron.

Barra também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Pará, Helder Barbalho, por supostamente se submeterem aos interesses de Macron em detrimento dos interesses brasileiros.

“O Lula e o Barbalho, ao invés de lutar pelos interesses do Brasil e cobrar do Macron um posicionamento contrário a isso, ficam ‘puxando o saco’ desse presidente francês que só faz ferrar com a economia e com o Agro brasileiro”, acrescentou o deputado.

A visita de Macron à Amazônia e seu encontro com líderes políticos brasileiros têm gerado debates acalorados sobre as reais intenções por trás das relações internacionais envolvendo questões ambientais e comerciais, com diferentes atores políticos expressando opiniões divergentes sobre o assunto.

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