Connect with us

Economia

Produtores de Cacau do Pará recebem prêmio internacional

Published

on

Produtores de cacau premiados na holanda (Foto: Divulgação | Agência Pará)

Na última quinta-feira (8), a pequena cidade de Medicilândia, situada na região oeste do Pará, celebrou a conquista internacional de suas amêndoas de cacau, que foram premiadas na Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), realizada em Amsterdã, na Holanda. O evento bienal reuniu 222 amostras de grãos de cacau de 52 países, destacando a produção paraense com duas medalhas de ouro e uma de prata.

Os representantes brasileiros se destacaram entre as 50 melhores amêndoas do mundo, consolidando a excelência do cacau nacional no cenário internacional. Além do Pará, outros países do continente americano, como a Colômbia, também foram agraciados com medalhas de ouro.

Entre os produtores locais reconhecidos, Miriam Federicci e Luciano Ramos compartilharam a medalha de ouro, enquanto Robson Brogni garantiu a medalha de prata para o Pará. Miriam expressou sua satisfação, considerando o prêmio como fruto de esforço e um indicador do potencial ainda maior da produção de cacau no Pará. “Mostra que estamos produzindo uma amêndoa de qualidade e que estamos no caminho certo, criando um produto que vem sendo premiado”, afirmou.

Robson Brogni, medalhista de prata, destacou que a premiação é o resultado de anos de trabalho e dedicação na produção paraense. “É um trabalho de anos e anos com o cacau fino, levando o nome do governo do Estado e do Pará ao mundo”, ressaltou. Sua esposa, Sarah Brogni, enfatizou o papel do governo na conquista, agradecendo pelo apoio que permitiu que o cacau paraense alcançasse novos patamares.

O Governo do Pará, representado pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, esteve presente na cerimônia para celebrar junto aos produtores. Queiroz destacou a importância da premiação para fortalecer a produção cacaueira do estado. “Dois ouros e uma prata para o Brasil, sendo um ouro e uma prata destinados ao Pará, para os nossos produtores da região de Medicilândia. Serve como motivação para termos grande produtividade e qualidade na amêndoa para melhor comercializar o nosso produto”, afirmou.

Essa conquista não é a primeira vez que a qualidade do cacau paraense é reconhecida internacionalmente. Em 2021, na região de integração Lago Tucuruí, o produtor João Evangelista recebeu a medalha de prata, e em 2022, o Sítio Bela Vista, de Miriam Federicci, ficou em segundo lugar no concurso Especial de Cacau do Brasil Sustentabilidade e Qualidade. A consistência desses reconhecimentos reforça o papel significativo que o Pará desempenha na produção de cacau de alta qualidade.

Economia

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em março e abril

Published

on

Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em março e abril podem sacar, a partir desta segunda-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará R$ 4 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes. O saque poderá ser feito desde o dia de liberação do lote até 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 117,67, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.412.

Pagamento

Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre por meio de crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode fazer a transferência por TED para conta de sua titularidade nos terminais de autoatendimento, no portal ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) atendeu recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.

Continue Reading

Economia

Pará é o estado com tarifa elétrica mais cara do Brasil

Published

on

Apesar de ser o segundo maior produtor de energia elétrica do país, o Pará ostenta o título de estado com a tarifa elétrica mais cara do Brasil | Foto: Reprodução.

O descontentamento dos paraenses com os serviços de água e luz ganha destaque novamente, evidenciando um cenário de preocupação e insatisfação. Apesar de ser o segundo maior produtor de energia elétrica do país, o Pará ostenta o título de estado com a tarifa elétrica mais cara do Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com um custo de R$ 0,962 por kWh, o consumidor paraense enfrenta desafios financeiros consideráveis, especialmente em meio a um contexto de aumento significativo no consumo de energia elétrica em todo o país. Em fevereiro, o consumo cresceu 8% em relação ao ano anterior, atingindo 46.314 GWh, impulsionado por temperaturas elevadas e um dia adicional devido ao mês bissexto.

O aumento do consumo, liderado pelo setor residencial, evidencia ainda mais a pressão sobre os serviços de energia, enquanto os problemas persistem no fornecimento de água, com interrupções constantes sendo o principal motivo de reclamações por parte da população.

Carlindo Lins, consultor do Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (Conacen), destaca a complexidade da situação, apontando diversos fatores que contribuem para as altas tarifas, incluindo a infraestrutura desafiadora da região, a extensa rede de distribuição e transmissão compartilhada por um número menor de consumidores e as dificuldades socioeconômicas enfrentadas pelo estado.

Além disso, Lins ressalta a falta de consideração com a questão social na definição das tarifas, que acabam penalizando os consumidores mais vulneráveis. Ele destaca que o corte de energia afeta principalmente aqueles que já estão em situação precária, forçando-os a fazer escolhas difíceis entre necessidades básicas.

O cenário se agrava com as interrupções constantes no fornecimento de água, como relata Mirlen Gleyce, moradora de Belém. Ela compartilha sua experiência de enfrentar semanas inteiras sem água em sua torneira, prejudicando atividades básicas como higiene pessoal e preparo de alimentos.

Diante dessas questões, a resposta das empresas responsáveis pelos serviços não parece satisfatória para muitos moradores. A Cosanpa informa que o sistema de abastecimento opera normalmente após serviços de manutenção, enquanto a Equatorial Pará defende que as tarifas são definidas pela Aneel, buscando manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.

No entanto, para muitos consumidores, as explicações não parecem suficientes, especialmente diante das dificuldades enfrentadas diariamente. O desafio de garantir serviços essenciais a preços acessíveis e com qualidade continua sendo uma luta constante para os paraenses, que esperam por soluções efetivas para essas questões urgentes.

Continue Reading

Economia

Produtores de 16 estados poderão renegociar dívidas do crédito rural

Published

on

Produtores de 16 estados afetados por eventos climáticos ou pela queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos, autorizou nesta quinta-feira (28) o Conselho Monetário Nacional (CMN). Os pedidos precisam ser feitos até 31 de maio.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a medida foi necessária porque, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade em localidades específicas das regiões Sul, Centro-Oeste e do estado de São Paulo.

Além disso, o Ministério da Agricultura informou que os produtores rurais têm enfrentado dificuldades com a queda no preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas regiões e com insumos caros.

As instituições financeiras poderão renegociar, a seu critério, até 100% do valor principal das parcelas com vencimento entre 2 de janeiro e 30 de dezembro deste ano. As linhas de crédito precisam ter sido contratadas até 30 de dezembro do ano passado, e o tomador tem que precisa estar em dia com as parcelas até esta data.

Enquadramento

A renegociação abrange parcelas de linhas de crédito rural de investimento contratadas com recursos controlados (recursos equalizados, recursos obrigatórios e recursos dos Fundos Constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste). Os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

As atividades produtivas e os estados beneficiados são os seguintes:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

As parcelas renegociadas devem ser corrigidas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive para situação de inadimplência quando for o caso. No entanto, as parcelas com vencimento entre 28 de março e 15 de abril de 2024 podem ser corrigidas pelos encargos contratuais para a situação de normalidade, dispensando os encargos extras por causa de inadimplência. O mutuário deve pagar pelo menos os encargos financeiros previstos para este ano, nas respectivas datas de vencimento das parcelas.

Nas linhas de crédito com a última parcela prevista para vencimento em 2024, 2025 ou 2026, até 100% do valor principal das parcelas de 2024 podem ser reprogramados para reembolso em até um ano após o vencimento da última parcela prevista no cronograma de reembolso vigente.

Nas operações com a última parcela prevista após 2026, até 100% do principal das parcelas de 2024 devem ser somados ao saldo devedor e redistribuídos nas parcelas a vencerem a partir de 2025.

Estimativas

A renegociação abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações aptas à renegociação sejam prorrogadas, o custo será R$ 3,2 bilhões, distribuídos entre 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos Planos Safra 2024/2025.

Pronaf

Quanto às dívidas de operações de crédito do Pronaf com recursos dos fundos constitucionais, o CMN autorizou os mutuários afetados por mudanças climáticas a pedir a renegociação até 120 dias após o vencimento da prestação. Até agora, não havia norma sobre as condições de renegociação após esse prazo.

Para as parcelas vencidas há mais de 120 dias, o CMN definiu que devem ser aplicados os encargos para a situação de inadimplência. No entanto, esses encargos serão atrelados aos fundos constitucionais, que cobram juros menores que as demais linhas de crédito rural.

Continue Reading

Trending