No último fim de semana, um homem procurado pela justiça do estado do Pará foi capturado no interior do Amapá, após tentar enganar as autoridades ao se passar pelo próprio irmão, já falecido. A prisão aconteceu durante um atendimento médico em uma unidade básica de saúde de Oiapoque, município localizado a 590 km de Macapá.
Identificado como Zilmar Ferreira Sousa, de 44 anos, o suspeito foi encaminhado para o sistema penitenciário nesta segunda-feira (29). A situação teve início na última sexta-feira (26), quando Zilmar procurou atendimento médico na Unidade Básica de Saúde do Bairro Nova Esperança, apresentando lesões na pele decorrentes de leishmaniose, uma doença transmitida por mosquitos, capaz de causar feridas e infecções graves.
Durante o atendimento, ele se identificou como Zilvane Ferreira Sousa e alegou não possuir documentos de identificação com foto, mostrando aos funcionários uma ocorrência policial de perda de documentos como justificativa. Ao verificar o número do CPF fornecido por ele no sistema do SUS, os servidores descobriram que o documento pertencia a uma pessoa já falecida, o que levou a UBS a comunicar imediatamente a polícia.
Agentes policiais compareceram à unidade de saúde, encontrando o suspeito ainda em atendimento médico. Após o término do atendimento, Zilmar foi conduzido ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), onde confessou estar utilizando a identidade de seu irmão falecido, Zilvane Ferreira Sousa.
A polícia do Amapá descobriu que Zilmar, natural de Santa Luzia do Paruá (Maranhão), possuía um mandado de prisão preventiva pelo crime de tentativa de homicídio, ocorrido na cidade de Castanhal (PA), contra sua então esposa. Além do crime de tentativa de homicídio, ele foi indiciado por uso de falsa identidade.
Atualmente detido, Zilmar aguarda transferência para o Pará, onde responderá pelo processo relacionado à tentativa de homicídio. O caso revela a importância do trabalho conjunto entre as instituições de saúde e as forças de segurança no combate à criminalidade e à falsificação de identidade.
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