Em resposta ao aumento alarmante de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde inaugurou ontem (1º) o Centro de Operações de Emergência – COE Dengue. A iniciativa visa fortalecer e acelerar as estratégias de vigilância, proporcionando uma resposta coordenada entre o governo federal, estados e municípios para conter a propagação da doença. A decisão foi anunciada pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada em Brasília (DF).
O COE Dengue permitirá uma análise minuciosa e ágil dos dados e informações relacionados à dengue, subsidiando a tomada de decisões e a implementação de ações oportunas. A ministra reforçou a importância da mobilização nacional e da união de esforços entre governo, estados, municípios e sociedade no combate à doença.
“Nós estamos, desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos o SUS, com toda sua capilaridade, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio da sociedade”, frisou a ministra.
A fala da ministra da Saúde destaca a coordenação de uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024, com o governo federal monitorando e alertando continuamente sobre o quadro das arboviroses no Brasil. O objetivo é conscientizar a população sobre as medidas de prevenção em todo o território nacional.
Até o momento em 2024, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue, conforme dados do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. No Pará, foram registrados 812 casos prováveis de dengue este ano. Com a ativação do COE, o Ministério da Saúde intensificará o monitoramento, focando em dengue, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores, em conjunto com estados e municípios.
Agentes de Combate às Endemias em Ação
No combate ao Aedes aegypti, vetor da dengue, o trabalho dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) é crucial. No Pará, 4.016 agentes estão envolvidos na força-tarefa contra a dengue. Esses profissionais, treinados e capacitados, atuam na linha de frente, detectando riscos de vetores e orientando as famílias, visitando as residências uma a uma.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destaca a importância desses agentes: “Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os próprios residentes e para a comunidade, orientando as famílias e visitando as casas uma a uma”. A ação coordenada dos agentes é essencial para o controle efetivo da proliferação do mosquito transmissor.
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