A pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (6), trouxe dados preocupantes sobre o cenário socioeconômico do Pará. O estado figura como o sexto com o menor rendimento médio entre os estados brasileiros, de acordo com a análise referente a 2022.
No ano passado, a renda média dos paraenses com alguma ocupação foi de R$ 1.911,00, colocando o Pará à frente apenas de Pernambuco (R$ 1.813,00), Ceará (R$ 1.790,00), Alagoas (R$ 1.780,00), Maranhão (R$ 1.663,00) e Bahia (R$ 1.662,00). A média de rendimento na região Norte foi de R$ 2.076,00, correspondendo a 78,1% da média nacional (R$ 2.659).
A pesquisa, que analisou diversos eixos, incluindo a estrutura econômica e o mercado de trabalho nos estados, revelou que 24,5% dos jovens paraenses não estudavam e não estavam ocupados em 2022. Apesar do número representar uma queda de 5% em comparação ao levantamento de 2021 (29,5%), ainda fica acima da média nacional, que foi de 22,3%. Do total, 25,3% estavam na força de trabalho, enquanto 74,7% estavam fora da força, não procurando nenhuma ocupação.
No quesito rendimento domiciliar médio per capita, o Pará registrou a média de R$ 1.063,00. Este dado representa a média mensal de dinheiro que entra em um domicílio, dividido pelo número de pessoas que residem no mesmo local. A região Norte foi a que apresentou a maior variação positiva nessa média em todo o Brasil, com um aumento de 16% em relação a 2021, alcançando a média de R$ 1.096,00 em 2022.
A pesquisa também incluiu dados do Índice Gini, que avalia a desigualdade na distribuição de renda numa escala de 0 a 1. No Brasil, o índice foi de 0,540, subindo para 0,548 quando analisado “sem benefícios sociais”. Na região Norte, o índice ficou em 0,543, aumentando para 0,559 “sem benefícios”. Já no Pará, o índice foi de 0,533, subindo para 0,565 “sem benefícios”, indicando um quadro de desigualdade significativa, mesmo com a presença de programas sociais no estado. Esses números destacam a necessidade de políticas públicas eficazes para redução das disparidades sociais no Pará.
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