O custo de vida dos paraenses, especialmente em relação aos alimentos básicos, continua a ser afetado por aumentos significativos nos preços. Segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, o preço do arroz e do feijão subiu mais de 15% entre dezembro e janeiro, na capital paraense. O óleo, por sua vez, foi o item que teve o maior reajuste na cesta básica, alcançando quase 20%.
A pesquisa do Dieese/PA analisou a variação mensal de preços dos 12 produtos da cesta básica, considerando o último mês do ano passado e o primeiro deste ano. Em Belém, a aquisição desses alimentos custou cerca de R$ 656,78, representando uma alta de 1,76% em relação a dezembro. Esse aumento compromete mais da metade do novo salário mínimo, que foi reajustado para R$ 1.412 no dia 1º de janeiro. Para uma família de dois adultos e duas crianças, seria necessário gastar R$ 1.970,34 (aproximadamente 1,3 salários mínimos) somente com alimentação.
Na prática, o preço médio do óleo de soja ficou em R$ 8,30, refletindo um aumento de 19,77%. O quilo do feijão custou aproximadamente R$ 7,87, registrando uma alta de 17,81%, enquanto o do arroz ficou em R$ 7,11, com um aumento de 15,24%. Além desses itens, o tomate (2,34%) e a carne bovina (1,67%) lideram a lista de produtos que encareceram em Belém no último mês.
No entanto, alguns itens apresentaram queda nos preços, de acordo com o departamento intersindical. Leite (-6,53%), manteiga (-4,85%) e açúcar (-0,16%) foram os únicos que ficaram mais acessíveis para os consumidores.
A análise da variação em 12 meses (janeiro de 2023 a janeiro de 2024) revela uma situação alarmante, com o arroz acumulando um reajuste de 26,74% em Belém. A farinha de mandioca apresentou um aumento de 12,96%, o açúcar de 8,56%, a banana de 2,92%, o pão de 2,89%, o tomate de 1,91% e o leite de 1,08%. Esses três primeiros itens subiram bem mais do que a inflação no período, estimada em 3,80%.
A crise nos preços dos alimentos básicos deixa os consumidores em uma encruzilhada, enfrentando um aumento substancial nos gastos com itens essenciais. A população aguarda medidas que possam amenizar o impacto desses aumentos, considerando o desafio que isso representa para o orçamento familiar.
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