Na última segunda-feira (12), a Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência informando sobre a morte de três garimpeiros na Terra Indígena Yanomami. As vítimas foram identificadas como Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizângela Pessoa da Silva, de 43 anos. O ataque teria ocorrido no dia 8 de fevereiro, e familiares acusam indígenas de serem os responsáveis pela tragédia.
De acordo com relatos dos familiares, os três garimpeiros estavam em uma área entre o Parima e a região conhecida como “Dicão” quando foram surpreendidos por indígenas armados com arcos, flechas e armas de fogo. Os parentes das vítimas solicitaram a intervenção da Polícia Civil e pediram o resgate dos corpos.
Elizângela Pessoa da Silva, uma das vítimas, desempenhava o papel de cozinheira no garimpo. A Polícia Civil anunciou a mobilização de uma força-tarefa para alcançar a região considerada de difícil acesso. Em comunicado, a instituição destacou os desafios logísticos devido à localização remota na área de mata, mas reiterou o comprometimento em envidar todos os esforços necessários para resgatar os corpos das vítimas.
Adicionalmente, a Polícia Civil informou que está em contato com o Exército Brasileiro para obter apoio logístico, visando auxiliar a equipe de agentes, delegados e peritos a chegarem até o território. O Corpo de Bombeiros também se juntará à comitiva.
A Terra Yanomami, o maior território indígena do Brasil, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, agravada pela intensa presença de garimpeiros. Em 2022, a exploração de minérios na região avançou 54%, resultando em doenças, devastação ambiental e conflitos armados, com registro de mortes e violência. A situação crítica exige uma atenção urgente para a preservação do território e a segurança de suas comunidades.
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