Na tarde do dia 15 de fevereiro do ano passado, a tranquila área da Passagem do Arame, localizada no Horto Florestal de Castanhal, foi palco de uma tragédia que deixou a comunidade atônita. Antônio Cláudio Gomes da Silva, conhecido como “Nego”, foi brutalmente assassinado a tiros dentro do seu carro, enquanto seu filho de apenas seis anos era testemunha ocular do terrível crime.
A vítima não teve chances de ser socorrida, tendo sucumbido aos múltiplos disparos de arma de fogo. A criança, que estava no veículo junto ao pai, presenciou toda a cena traumatizante, marcando para sempre sua inocência.
Após meses de investigação, a Polícia Civil conseguiu prender Elison Rennan Lopes Baia, também conhecido como “Irmão Bossal”, identificado como o executor do crime. Além do homicídio, Bossal foi apontado como integrante de uma facção criminosa de alcance nacional, cujo líder em Castanhal seria Jackson Sodré de Carvalho, conhecido como “Jaqueta”.
A operação policial que desencadeou a prisão de Jaqueta ocorreu no último dia 30, na cidade de Centro do Guilherme, no estado do Maranhão, aproximadamente 280 quilômetros distante da capital, São Luís.
Os policiais civis da Delegacia de Homicídios e Núcleo de Apoio à Investigação de Castanhal, com apoio da Agência Intermediária de Inteligência do CPR VII (PMPA) e da Polícia Civil do Maranhão, cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Castanhal contra Jaqueta, apontado como o mandante do homicídio qualificado pela traição e impossibilidade de defesa do ofendido.
Durante a prisão, Jaqueta tentou se passar por outra pessoa, apresentando uma identidade falsa. Na residência onde foi capturado, os agentes civis apreenderam uma espingarda calibre 20, um revólver calibre 38, e diversas munições de calibre 12 e 38. Na delegacia de Maracaçumé, no Maranhão, Jackson foi autuado em flagrante por uso de documento falso, posse ilegal de arma de fogo com numeração raspada e posse de munição.
A prisão de Jaqueta, considerado de alta periculosidade pelas autoridades, não apenas esclarece um crime chocante, mas também representa um importante passo na busca por justiça para a família de Antônio Cláudio Gomes da Silva. O caso continua a ser acompanhado de perto pela comunidade local e pelas autoridades, enquanto a criança traumatizada aguarda ações de apoio psicológico para superar as marcas deixadas por essa trágica experiência.
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