Na tarde da última sexta-feira (23), a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou o primeiro caso de morte por dengue grave no estado. A vítima, Josionilson Baia Albarado, 50 anos, residente no município de Monte Alegre, região oeste, faleceu no dia 9 de fevereiro, após o agravamento do seu quadro clínico. O material coletado para exame confirmou a presença do vírus da dengue.
Josionilson havia buscado atendimento nos primeiros dias de sintomas, apresentando fortes dores, mas o quadro evoluiu rapidamente para uma forma grave da doença. A viúva, Carlucea Ferreira, relata que a busca por atendimento ocorreu logo no início dos sintomas, devido ao histórico do paciente, que já tinha sido infectado por dengue anteriormente e passado por tratamento para hepatite medicamentosa.
Carlucea Ferreira fez um apelo emocionado, ressaltando a importância da responsabilidade coletiva na prevenção da dengue. Ela destacou os cuidados com a limpeza do quintal, mas lamentou a falta de zelo por parte de alguns vizinhos, alertando para os riscos que a negligência pode acarretar. “Hoje eu estou chorando a morte do meu marido. Por isso eu peço que as pessoas tenham mais responsabilidade com a limpeza dos seus quintais para que outros não venham a morrer por causa da dengue”, afirmou.
Monte Alegre já registrou 323 casos de dengue desde o início do ano, e uma outra morte com sintomas semelhantes está sendo investigada pela Sespa. A Secretaria Municipal de Saúde está mobilizando equipes para atendimentos descentralizados, devido à grande demanda de pessoas com sintomas sugestivos de dengue.
A Sespa orienta a população a ficar atenta aos sinais de alerta da dengue, tais como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos em cavidades corporais, sangramento de mucosa e hemorragias. A secretaria reforça que, até o dia 20 de fevereiro de 2024, foram registrados 1.016 casos de dengue no estado, representando uma redução de 13% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a recomendação é que os municípios permaneçam vigilantes, intensificando as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
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